quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Te sentindo sem sentido

Tem lugares e ocasiões que cheiram a nos ou o que eu era ao seu lado, ainda não sei exatamente como isso acontece, só sei que é como se você estivesse passado por ali e seu cheiro de pessoa não tivesse ido. esse seu cheiro de pessoa q me dá passividade de ir porque é preciso ir. te deixei com essas texturas impenetráveis, com esse ar de quem quer muito de tão pouco. tadinho desses seus encantamentos, desse seu olfato inexperiente, tadinho de tudo q te fez pensar que ficaria tão bem sem esse nosso cheirinho chocolate q derretia da gente no escuro, a tarde, escondido ou as 7 e 30 da manhã...
Foi assim q eu me tornei impenetrável e tomei medidas drasticas. Decidi respirar outros ares, mas uma vez ou outra meu oxigênio tenta trapacear minha razão e me traz numa manhã, daquelas que te acordam pra só mais um dia em que você só levanta porque na revista diz que você tem que continuar, tudo o q eu tento esconder d você em min, me traz esse cheiro que de tanto eu respirar negando que quero se tornou toxico. Eu viciada de você. Toda essa sua cafeína que me mantém acesa tentando achar respostas e tentando completar o 5° livrinho de palavras-cruzadas, deixo boa parte em branco e mais uma pergunta sem resposta: porque sempre insisto no que é mais dificil? Sempre. insisto no vídeo-game mais complicado na equação mais enigmática, no filme mais complexo, no livro de 2.016 páginas, até em um tabuleiro de damas lá vai eu demorando horas pra mover uma pedrinha, pensando na jogada mais elaborada. Elaborei tanto o que eu era em você, que agora preciso sentar e escrever pra descobrir qual parte de min não foi boa o bastante pra não ganhar de você. Pra te ganhar. Mas assim como em tudo q exige meu esforço, eu tento de novo e de novo e de novo...
Sempre tonta. Logo agora q já me sentia mais limpa de tudo o que eu fui, me deixo cair. Tonta, tonta, tonta. tento respirar tudo o que eu posso de suas letras e sons tão simples e longe de min. Justo quando já me sentia tão limpa, vem aquele gosto de dependência que me fazia submissa por opção só pra te impressionar. Caindo tão tonta...
E de repente , parece que o que sou está me olhando do lado de fora e mesmo sabendo que eu não gosto que sintam pena de min, mesmo sabendo das horas que eu perco quebrando a cabeça sozinha, pra passar de nível, ganhar mais pontos, entender o filme, acertar a equaçao, o livro, os cheque-mates, acabar a cruzadinha, eu do lado de fora estalo os dedos. eu tão aqui dentro acordo e tusso para conseguir recuperar o ar, tirar esse seu vai e vem de min, expelir cada letrinha, cada nota musical que saia da sua bateria pra entrar no compasso dessa batida por cada sentido do meu corpo.
Então, mais uma vez começo a sentir m novo começo. mente mais calma, arejada, em paz. E agora bem mais esperta, carrego comigo uma bombinha de ar, porque em alguns lugare s e ocasiões ainda me sinto engasgada de alguma vogal cafeinada, sufocada por algum cheiro de pessoa que vai e vem, um sol enfumaçado. Chocolate derretido. Nós ou o que eu era ao seu lado.

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